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Corpo de Léo Batista é sepultado ao lado dos pais e da irmã em sua cidade natal, no interior de SP: 'Nunca abandonou a família'

Sobrinho destaca forte ligação do jornalista com familiares. Fã viajou 70 quilômetros para prestar últimas homenagens ao jornalista. Durante velório, sobr...

Corpo de Léo Batista é sepultado ao lado dos pais e da irmã em sua cidade natal, no interior de SP: 'Nunca abandonou a família'
Corpo de Léo Batista é sepultado ao lado dos pais e da irmã em sua cidade natal, no interior de SP: 'Nunca abandonou a família' (Foto: Reprodução)

Sobrinho destaca forte ligação do jornalista com familiares. Fã viajou 70 quilômetros para prestar últimas homenagens ao jornalista. Durante velório, sobrinho destaca ligação de Léo Batista com a família O jornalista, apresentador e locutor Léo Batista foi velado e sepultado na tarde desta terça-feira (21), em Cordeirópolis (SP), interior de São Paulo, sua cidade natal. Foi no município que ele viveu as primeiras experiências como narrador. 📲 Participe do canal do g1 Piracicaba no WhatsApp O ícone da imprensa nacional morreu no último domingo (19), aos 92 anos, após ficar internado em hospital do Rio de Janeiro (RJ) por conta de um tumor no pâncreas. Léo Batista: amigos e parentes participam de enterro e velório em Cordeiropólis Ligação com a família O velório se encerrou por volta das 16h20 e o sepultamento ocorreu às 16h50, no Cemitério Municipal, ao lado dos pais e da irmã. Sobrinho de Léo, José Vitor Lucke destaca a forte ligação de seu tio com a família. "Aquilo que você via na televisão, esbanjando simpatia, ele era com a família também. Ele era muito chegado à família. Ele saiu de casa muito cedo. Com 16 anos, ele já foi trabalhar numa rádio de Birigui. E de lá veio para a Difusora de Piracicaba, de Piracicaba foi para a Rádio Globo. Então, ele se ausentou da família muito cedo, mas ele nunca abandonou a família. Todo ano, nas férias, ele visitava. A gente ficava esperando ele", recorda. Amigos, familiares e fãs se despedem de Léo Batista Oscar Herculano/ EPTV Camisas de presente para o sobrinho José Vitor se lembra que as visitas do tio também eram acompanhadas de presentes para ele. "Eu era adolescente, e eu ficava esperando ele porque ele trazia as camisas que ele não ia usar mais e eu ficava esperando, porque o meu manequim era o que dava certo com o dele. Então, aí eu tinha camisas pro ano inteiro, mas não é só isso. Ele sempre foi muito próximo da mãe, do pai, das irmãs", acrescenta. José é filho da irmã mais velha de Léo, que faleceu em 1968. A outra irmã do comunicador faleceu no ano passado. "Mas ele sempre presente, sempre nos ajudando. E pra nós hoje, aqui, é um dia muito triste, mas também um orgulho muito grande de ver tudo isso daqui [homenagens]. Toda essa manifestação, ver as reportagens que foram feitas. Ele é uma referência", completa. Velório de Léo Batista em sua cidade natal, no interior de SP Diego Alves/ ge Fã percorre 70 quilômetros para fazer homenagem Além de familiares e amigos, vários fãs compareceram ao velório e ao sepultamento para prestar as últimas homenagens. O motorista Júlio César Levino Rodrigues veio de Campinas, a 70 quilômetros de distância, para se despedir do jornalista. "Eu vim exclusivamente pra esse velório. Eu sou muito fã dele desde a época da zebrinha, que ele falava 'coluna do meio', 'coluna 1' [...] Eu tô emocionado, eu fico emocionado. Então, eu vim exclusivamente de Campinas pra esse velório. Já tirei foto, mandei pra minha mãe, minha família, e estou emocionado. Agora eu vou pro cemitério ver o sepultamento". O empilhadeirista Flávio Teixeira do Amaral veio de Santa Gertrudes (SP), cidade vizinha. "Eu morava em Santo André, meu pai falava que o Léo Batista era de Cordeirópolis, então, eu sempre ouvia falar, a gente via na televisão. E hoje, fiquei sabendo pelo Jornal Hoje que ia ter o velório aqui em Cordeirópolis e vim fazer essa homenagem para ele. Uma pessoa boa, que a gente cresceu, viveu, desde pequeno, ouvindo a voz marcante dele". O metalúrgico Leandro Rodrigues Ferreira Alves recorda uma tradição familiar de acompanhar o jornalista. "Todo domingo era tradição a gente ligar a TV e assistir ele no Fantástico. Quando eu tive a oportunidade de morar para cá, uma das referências aqui da cidade sempre foi ele. Muitas homenagens na cidade referentes a ele também. E eu, como santista, recentemente a gente perdeu o nosso 10 dentro de campo, Pelé, e agora o mundo esportivo perdeu o 10 que é o Léo Batista dentro da cabine, dos microfones". Léo Batista TV GLOBO / Cristiana Isidoro O corpo do jornalista chegou ao Velório Municipal de Cordeirópolis por volta das 14h45, após ser velado em uma cerimônia aberta ao público, na sede do Botafogo, em General Severiano, na Zona Sul do Rio, na tarde de segunda-feira (20). A despedida em Cordeirópolis, que tem 24,5 mil habitantes, também foi aberta ao público. No domingo, a Prefeitura de Cordeirópolis decretou luto oficial de três dias pela morte do jornalista. LEIA MAIS 📝 'Quase' narração em final de Copa, microfone com vassoura e carinho: conheça memórias de infância e início da carreira de Léo Batista Fãs, amigos e familiares se despedem de Léo Batista Reprodução/TV Globo Início de carreira no interior de SP João Baptista Belinaso Neto, como era o nome de batismo de Léo Batista, nasceu em 22 de julho de 1932. Ele iniciou a carreira na década de 40 em Cordeirópolis após ser aprovado em um concurso para locutor do serviço de alto-falante da cidade. "Serviços de alto-falantes América, transmitindo da Praça João Pessoa!”, lembra o amigo de infância. 🎙️O jornalista também atuou em Piracicaba nos primeiros anos da trajetória profissional, antes de seguir para o Rio de Janeiro. Por uma rádio da cidade do Nhô Quim, como é conhecido o XV de Piracicaba, time de futebol da cidade, Léo Batista foi chamado para narrar o jogo final da Copa de 1950, em que o Brasil perdeu para o Uruguai. Cordeirópolis decreta luto de 3 dias após morte de Léo Batista Cyriaco Hespanhol, de 89 anos, conta que é um amigo de longa data do ‘Batistin’, como era chamado Léo Batista entre a garotada durante a infância em Cordeirópolis (SP). “Toda vez que vinha a Cordeirópolis, se ele não me encontrasse em minha casa, deixava um bilhete carinhoso, afável e amigo”, contou com carinho. Ele tinha um gosto enorme pela profissão. Ele era muito admirado. Mas, para nós aqui, Cordeiropolenses, não se trata do Léo Batista. Para nós, é ‘Batistin’, que é o apelido que nós tínhamos quando jogávamos bola”, disse o amigo de infância. Léo Batista na apresentação do ‘Jornal Hoje’ TV Glovo/Acervo Estudos em Campinas Filho de imigrantes italianos, Léo Batista deixou o colégio interno aos 14 anos para ajudar a família. Mudou-se para Campinas (SP) para completar os estudos e trabalhou como garçom e faz-tudo na pensão do pai antes de se dedicar ao rádio. Léo Batista TV Globo/Acervo Voz marcante Dono de uma "voz marcante", como ficou conhecido, ele estava internado desde 6 de janeiro no Hospital Rios D'Or, na Freguesia, Zona Oeste do Rio. Ele foi diagnosticado com um tumor no pâncreas. Em mais de 70 anos de carreira, Léo Batista deu voz a notícias como a morte de Getúlio Vargas e participou de quase todos os telejornais da TV Globo, onde trabalhou por 55 anos – até pouco antes de ser internado. Morre, aos 92 anos, o jornalista e apresentador Leo Batista VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba