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Acusados de integrar quadrilha que aplicou ao menos 90 golpes da falsa venda online são condenados em Piracicaba

Grupo anunciava venda de celulares e videogames mais baratos que os valores de mercado, recebiam o pagamento em contas de "laranjas" e não entregavam os produt...

Acusados de integrar quadrilha que aplicou ao menos 90 golpes da falsa venda online são condenados em Piracicaba
Acusados de integrar quadrilha que aplicou ao menos 90 golpes da falsa venda online são condenados em Piracicaba (Foto: Reprodução)

Grupo anunciava venda de celulares e videogames mais baratos que os valores de mercado, recebiam o pagamento em contas de "laranjas" e não entregavam os produtos, diz acusação. Dois são condenados por golpes de falsas vendas na internet Reprodução/RPC A Justiça de Piracicaba (SP) condenou dois acusados de participar de uma organização criminosa que aplicava golpes em vendas de eletrônicos pela internet. Segundo a denúncia, o esquema está relacionado a pelo menos 90 crimes com as mesmas características. Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Os dois foram condenados a pena de um ano e quatro meses de prisão por estelionato, além de pagamento de multa. Eles já tinham sido condenados a penas de três anos de prisão por organização criminosa. Devido a reincidências, um deles deve iniciar o cumprimento da pena em regime semiaberto, e o outro, em regime aberto. Cabe recurso. A seguir entenda como funcionava o esquema e como era a divisão de tarefas: Vítimas eram seduzidas por preços mais baixos dos produtos Reprodução/TV Anhanguera Como funcionava o esquema? 📲 O estelionato praticado "reiteradamente" pela organização criminosa, segundo a denúncia, consistia em anunciar falsamente a venda de eletrônicos por um site de vendas popular no Brasil, com valores abaixo dos praticados no mercado, o que induzia as vítimas a se interessarem pelo produto. Em seguida, forneciam dados bancários de terceiros e solicitavam que as vítimas fizessem transferências no valor dos produtos e não entregavam as mercadorias, causando prejuízo às vítimas. Como era a divisão de tarefas? 🗂️ Captação de "laranjas": Os acusados eram responsáveis por captar pessoas para fornecerem contas bancárias para as quais as vítimas transferiam o dinheiro, conhecidos popularmente como "laranjas". Por essa participação, esses "laranjas" ficavam com um percentual entre 10% e 15% do valor. Um dos acusados também cedeu conta bancária para o esquema. Linhas telefônicas: Um dos denunciados era responsável por cadastrar os chips das linhas telefônicas utilizadas para conversar com as vítimas. Aplicação do golpe: Os superiores hierárquicos dos dois condenados, que não são réus nessa ação, faziam os anúncios e aplicavam os golpes. Eram simuladas vendas de videogames e celulares. Uma vítima disse que pagou R$ 800 para comprar um Playstation 4 Pro, realizando transferências em contas de um dos acusados no processo, mas nunca recebeu o videogame. Recolhimento do dinheiro: Um dos acusados era responsável por recolher o dinheiro recebido nas contas de "laranjas", depois deles sacarem esses valores, e repassava a duas pessoas que seriam os chefes do grupo. Dezenas de chips de celulares eram utilizados para aplicar os golpes Reprodução/RBS TV Como a polícia chegou até eles? 🔎 Após denúncia por uma das vítimas, policiais civis perceberam que em vários casos os valores eram destinados à conta do réu que também era "laranja" no esquema, e também de sua namorada. Eles cumpriram mandado de busca e apreensão na casa dele, onde encontraram relógios, tênis e bebidas que comercializava pelo site de vendas. Também encontraram dezenas de chips de celular, utilizados para conversar com as pessoas que emprestavam as contas correntes. O morador da casa informou que usava esses chips para não ser rastreado durante os contatos para a prática dos crimes. Informou que cadastrou mais de 100 chips no mesmo aparelho telefônico. Ele foi preso e passou a colaborar com as investigações. Relatou que estava com problemas financeiros e foi procurado por uma pessoa para fornecer os dados de sua conta bancária para receber “pix” provenientes de golpes e que ele receberia uma porcentagem dos valores depositados. Nessas conversas, os chefes do esquema usavam o nome de uma facção criminosa. "Ainda que não tenham sido eles os autores da venda falsa, contribuíram de forma fundamental para a efetivação do crime de estelionato, eis que responsáveis pela recepção da vantagem ilícita e repasse aos demais integrantes da associação criminosa [...] Verifica-se que os acusados estavam envolvidos em atividade organizada e na prática de diversos crimes de estelionato na mesma época", argumentou o juiz Rodrigo Pares Andreucci, da 3ª Vara Criminal de Piracicaba, ao proferir as condenações. Uma das vítimas relatou que pagou R$ 800 por videogame que nunca recebeu Reprodução/RPC O que dizem os acusados? 🔊 O réu que também foi "laranja" no esquema, inicialmente, alegou que que trabalhava com importação e comercialização de produtos eletrônicos pela internet, mas enfrentou um problema com alfândega e não conseguiu entregar os produtos, mas pretendia ressarcir os clientes. Depois, afirmou que estava desempregado e aceitou ceder a conta para receber valores, ficando com 20% deles, e que foi dito a ele que se tratava de "lavagem de dinheiro de político", mas que não sabia do esquema de estelionato. O outro acusado, confessou os fatos e disse que arregimentava pessoas para cederem as contas para receber o dinheiro das vítimas. Ele afirmou que ficava com uma porcentagem de 10% a 15% dos valores e depois depositava o restante em uma conta que preferiu não revelar. Acrescentou que todas as pessoas que arregimentava sabiam da procedência do dinheiro, dos riscos que corriam por emprestarem as contas e mesmo assim aceitavam e recebiam por isso. Depois de algum tempo, três ou quatro meses, veio a saber que o dinheiro que recebia era relacionado a golpes com falsas vendas na internet, que vitimaram diversas pessoas. Em juízo, no entanto, ele mudou sua versão, negou a prática dos crimes e afirmou que foi ameaçado por policiais. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba